10 abril 2007

KHORIS.COM

FONTE: Valor Econômico

Vender roupas pela internet foi uma febre durante o boom da rede virtual no início desta década. Várias marcas aventuraram-se na rede, mas, pouco a pouco, o negócio mostrou-se pouco lucrativo - sobretudo pela dificuldade com as particularidades do produto. Roupas e afins são artigos difíceis de expor na tela do computador e que, geralmente, se experimenta antes de comprar. Mas essa barreira não assusta os sócios Thiago Rosa e Paulo Pachi, fundadores do site Khoris, que entrou no ar em 20 de dezembro e já contabiliza 200 mil acessos .
O Khoris funciona como uma loja multimarcas - só que no ambiente virtual - alojando grifes segmentadas com estilo bastante autoral. "Apostamos inicialmente nos clientes que já conhecem a grife e suas características. Desta forma, sabem até que tamanho vestem", diz Rosa.
O executivo acredita no potencial de crescimento do e-commerce de vestuário - com base no que ocorreu com livros, CDs e até vinhos. "Hoje, a venda de vinhos pela internet é muito forte."
A história de vender moda pela web começou quando Rosa e Pachi conquistaram a representação no Brasil da grife de acessórios alemã Khoris. O primeiro site montado por eles vendia apenas os produtos da marca - parte produzidos aqui, parte importados. Enquanto entravam no universo do e-commerce, os sócios perceberam que havia um filão a ser explorado: o das marcas que possuem bons produtos, mas pouca estrutura - ou recursos financeiros - para explorar as possibilidades da internet.
Os dois passaram cerca de dois anos pesquisando formatos de venda de roupas e acessórios pela internet. Chegaram a um modelo que, teoricamente, não concorre com sites gigantes como o Submarino, que entre outros produtos, também vende artigos de moda. "Nosso diferencial é a segmentação", diz Rosa, que revela que o investimento até agora ultrapassou os R$ 150 mil. Enquanto empresas como a Submarino vendem um pouco de tudo - CDs, eletroeletrônicos, celulares - o Khoris é focado em moda. "Trabalhamos com grifes que investem num conceito, em tendências de moda e não fazem um produto massificado", diz Rosa.
Por enquanto, o site tem 14 marcas, que vendem roupas e acessórios, de boné a jóias. Entre as marcas, estão as brasileiras Thelure (roupas e acessórios), Xaa (roupas), Shine (jóias) e Volv (óculos), além da mexicana Taxco (bijuterias) e da alemã Khoris. Mas, até o final do ano, Rosa espera ter entre 30 e 40 grifes no site. Por enquanto, o site possui apenas o canal de vendas. Mas, no futuro, terá também um canal editorial, com informações sobre o universo da moda.
Além de divulgar o catálogo de produtos das grifes no site, a empresa de Rosa e Pachi também financia as marcas. "O site possibilita o pagamento parcelado, mas nós pagamos os fornecedores (as grifes) no ato", informa Rosa. Funciona assim: o cliente escolhe o produto on-line e após o pagamento efetuado, o Khoris - que cuida de toda a logística da compra - informa a grife, que disponibiliza o produto. A entrega é feita por motoboy na cidade de São Paulo e no Rio de Janeiro - onde os produtos chegam normalmente no mesmo dia da compra. Nas demais cidades do país, o pedido vai por correio e o prazo de entrega pode variar.